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Após atrito comercial com Trump, Lula reacende batalha dos bonés: 'O Brasil é dos brasileiros'

Petista utilizou acessório durante evento em Linhares (ES) nesta sexta-feira (11). Em fevereiro, governistas e parlamentares da oposição travaram 'batalha do...

Após atrito comercial com Trump, Lula reacende batalha dos bonés: 'O Brasil é dos brasileiros'
Após atrito comercial com Trump, Lula reacende batalha dos bonés: 'O Brasil é dos brasileiros' (Foto: Reprodução)

Petista utilizou acessório durante evento em Linhares (ES) nesta sexta-feira (11). Em fevereiro, governistas e parlamentares da oposição travaram 'batalha dos bonés' no Congresso. O presidente Lula voltou a usar boné com a inscrição 'O Brasil é dos Brasileiros' Reprodução/X Após o governo dos Estados Unidos anunciar uma tarifa de 50% para produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou nesta sexta-feira (11) a utilizar um boné azul com a frase "O Brasil é dos brasileiros". Lula apareceu com o acessório em uma cerimônia em Linhares, no Espírito Santo, no qual o governo federal apresentou o novo acordo firmado para indenizar as vítimas do rompimento da barragem do Fundão, em 2015. Com a utilização do boné, Lula reacende o embate político de fevereiro deste ano no Congresso que ficou conhecido como a "batalha dos bonés" (relembre no vídeo abaixo). Na ocasião, governistas utilizaram o adereço para fazer frente a parlamentares de oposição no Congresso – que vestiram um boné nas cores verde e amarela com a inscrição: "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026". Um dia após a sessão no Congresso, Lula apareceu em um vídeo usando o mesmo boné azul com a frase com teor nacionalista. Batalha dos Bonés: os recados da moda na política brasileira Estratégia de Lula O uso do boné por Lula nesta sexta reforça a estratégia do governo para enfrentar a taxação a produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A tarifa de 50% entra em vigor em 1º de agosto, porém o governo brasileiro pretende negociar com os EUA. Lula afirmou que, caso o diálogo fracasse, pretende retaliar por meio da Lei de Reciprocidade, ou seja, aplicando taxas para entrada de produtos americanos no Brasil. O anúncio de Trump, comunicado em uma carta endereçada a Lula, alega erroneamente que os Estados Unidos têm déficit na relação comercial com o Brasil, embora os próprios dados oficiais mostrem o contrário. Além disso, critica o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro — réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A tentativa de Trump de interferir no Brasil tem sido criticada em entrevistas, discursos e redes sociais por Lula e aliados, que adotaram o tom de defesa da soberania brasileira e cobraram respeito respeito ao país. Já a oposição iniciou uma campanha para apontar Lula como culpado pela taxação anunciada por Trump, que prejudicará empresas brasileiras com as perdas de receitas e a demissão de trabalhadores. Bolsonaro e seu partido, o PL, publicaram nesta sexta material nas redes sociais com o dizer "a culpa é do Lula". Ministros ironizam defensores de Trump Durante o evento no Espírito Santo, ministros de Lula, sem citar Bolsonaro, fizeram críticas a apoiadores de Trump. "O presidente Lula presta continência a uma única bandeira, a bandeira do Brasil", afirmou Jorge Messias (AGU). "Com o ataque dos EUA, nós sabemos quem são os brasileiros e quem são os traidores da pátria", acrescentou Rui Costa (Casa Civil). O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também criticou Trump e elogiou Lula. Contudo, alertou que não é possível fazer um "duelo de tarifas". "O estado do Espírito Santos está inteiramente alinhado com a posição que você já manifestou de defesa da soberania nacional", disse. Em uma rede social, o PT, partido de Lula, divulgou um card com a frase "Defenda o Brasil". "Defenda o Brasil sempre que atacarem a sua origem, a sua cultura, sempre que tentarem dizer que somos menos, que valemos menos", diz a postagem.