Governo Trump anuncia mais de 1,3 mil demissões no Departamento de Estado dos EUA
Cortes ocorrem três dias após a Suprema Corte do país derrubar uma decisão anterior que impedia governo dos EUA de levar adiante plano de Trump de demitir c...

Cortes ocorrem três dias após a Suprema Corte do país derrubar uma decisão anterior que impedia governo dos EUA de levar adiante plano de Trump de demitir centenas de funcionários públicos e faz parte de reestruturação. Suprema Corte dos EUA dá sinal verde para demissões em massa no governo federal O Departamento de Estado dos EUA anunciou nesta sexta-feira (11) a demissão de 1.350 pessoas: 1.107 funcionários públicos e 246 funcionários do serviço estrangeiro baseados nos Estados Unidos. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os cortes ocorrem três dias após a Suprema Corte do país derrubar uma decisão anterior que impedia governo de Donald Trump de levar adiante seus planos de demissão em massa dentro de departamentos e agências públicas federais. "O departamento está otimizando as operações domésticas para se concentrar nas prioridades diplomáticas. As reduções de pessoal foram cuidadosamente planejadas para afetar funções não essenciais, escritórios duplicados ou redundantes e escritórios onde se pode encontrar eficiências consideráveis", diz comunicado enviado internamente. Sede da Suprema Corte dos EUA, em Washington. Alessandra Corrêa A redução total na força de trabalho será de cerca de 3.000 - incluindo as saídas voluntárias - dos 18 mil funcionários, de acordo com o aviso e com um alto funcionário do departamento ouvido pela agência de notícias Reuters. O Departamento de Estado dos EUA equivalente ao Itamaraty, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, mas abrange mais atribuições que por aqui ficam a cargo da Polícia Federal, como a emissão de vistos e passaportes. Ainda não está claro como esses cortes podem afetar esses serviços. A ideia de demitir funcionários públicos e cortar postos de trabalho dentro da máquina do Estado era uma promessa de campanha de Trump. Ao assumir o governo, ele começou a colocar o plano em prática, a partir da indicação do departamento então liderado pelo bilionário Elon Musk para secar os gastos federais. Em fevereiro, um mês após voltar à Casa Branca, ele anunciou "uma transformação crítica da burocracia federal". Em um decreto, orientou agências e departamentos do governo a se prepararem para reduzir significativamente a força de trabalho federal e eliminar escritórios e programas aos quais a gestão Trump se opõe. A medida anunciada nesta sexta é o primeiro passo de uma reestruturação no Departamento de Estado que Trump busca para garantir que a política externa dos EUA esteja alinhada à sua agenda "América em Primeiro Lugar". Em fevereiro, Trump ordenou ao Secretário de Estado, Marco Rubio, que reformulasse o serviço de relações exteriores para garantir que sua agenda fosse implementada "fielmente". Ele também prometeu repetidamente "limpar o estado profundo" demitindo burocratas que considera desleais. Na semana passada, mais de 130 diplomatas aposentados e outros ex-altos funcionários dos EUA publicaram uma carta aberta criticando a reforma planejada. Ex-diplomatas e críticos afirmam que a demissão de funcionários do serviço exterior prejudicará a capacidade dos EUA de defender e promover seus interesses no exterior , além de conter a crescente assertividade de adversários como China e Rússia. "O presidente Trump e o secretário de Estado Rubio estão mais uma vez tornando a América menos segura e menos protegida. Esta é uma das decisões mais ridículas que poderiam ser tomadas em um momento em que a China está aumentando sua presença diplomática ao redor do mundo e estabelecendo uma rede internacional de bases militares e de transporte, a Rússia continua seu ataque brutal de anos a um país soberano e o Oriente Médio caminha de crise em crise", afirma o senador democrata Tim Kaine, da Virgínia, em um comunicado. A reorganização deveria estar concluída em grande parte até 1º de julho, mas não ocorreu conforme o planejado por causa do litígio em andamento. Vídeos em alta no g1