Por temor de guerra, Polônia treinará 400 mil civis em 2026, em maior programa militar de sua história
Militares fazem teste com lançador de sistema de defesa na Polônia, em setembro de 2025. Kacper Pempe/ Reuters Vizinha da Ucrânia, a Polônia lançará um no...
Militares fazem teste com lançador de sistema de defesa na Polônia, em setembro de 2025. Kacper Pempe/ Reuters Vizinha da Ucrânia, a Polônia lançará um novo programa de treinamento militar neste mês, o maior de sua história, que preparará 400 mil civis em 2026 para eventuais conflitos em seu território, anunciou nesta quinta-feira (6) o Ministério da Defesa. Impulsionada pela invasão do país vizinho pela Rússia, a Polônia agora investe mais do seu PIB em defesa do que qualquer outro membro da Otan. O país se tornou a terceira maior força militar da aliança, com 216 mil militares, e planeja expandir suas tropas em quase um terço na próxima década. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse que o programa é "o maior treinamento de defesa da história da Polônia". Kosiniak-Kamysz afirmou ainda que a adesão ao treinamento, chamado de "Em Prontidão", será voluntário e aberto a todos os cidadãos — de estudantes a adultos, empresas e idosos. O programa oferecerá um curso básico de segurança, treinamento de sobrevivência, instruções médicas e aulas de cibersegurança. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "Só em novembro e dezembro (...) treinaremos cerca de 20.000 pessoas individualmente, mas o número total..., considerando todas as modalidades de treinamento, é de aproximadamente 100.000 pessoas", declarou o vice-ministro da Defesa, Cezary Tomczyk, em uma conferência. O ministério planeja treinar aproximadamente 400.000 pessoas no próximo ano "individualmente e em grupos, como parte do programa 'Educação com o Exército', treinamento de reservistas e serviço militar obrigatório voluntário", acrescentou Tomczyk. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Polônia, Wieslaw Kukula, afirmou que o programa tem dois objetivos principais: fortalecer a resiliência dos cidadãos e das comunidades e aumentar a disponibilidade, o preparo e a capacidade das reservas. O programa foi anunciado inicialmente pelo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk em março, com o objetivo de "construir um exército de reservistas" em meio às crescentes preocupações com a segurança após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O anúncio ocorre após a Polônia ser alvo de uma invasão de drones, em setembro, que o governo local disse pertencer às Forças Armadas russas. Com o apoio da Otan, as forças polonesas, abateu os drones. O país também acionou a Otan, que mobilizou aeronaves de guerra de países membros para ajudar as forças polonesas a abater os drones (veja vídeo abaixo). A Rússia negou a invasão. Polônia aciona caças após ataque russo contra a Ucrânia